segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Overdose

"Sentir-te ter uma overdose de emoções e não conseguir ser o antídoto forte que te cura, que te traz para mim, é destruidor.
Tu lembras-te de cada pormenor;
Desde a tonalidade exacta dos meus olhos castanhos à pulseira colorida que trago no pulso direito em sinal de amor à minha irmã.
Descobriste em mim o que eu descobri em ti : um porto seguro.
Vivia por isso, cada dia era apenas mais um passo na nossa amizade feita desejo, feita amor.
Nunca pensei que as coisas chegassem a este ponto. Não ao momento em que eu digo: " É melhor dar um, dois, três, vinte passos atrás. Afastar-me do teu toque viciante, da tua boca que me consome, do teu brilho no olhar quando sabes que isto está certo."
Como é que eu posso ter-te e não te ter? Se tenho dentro de mim, bem preso, bem colado e, depois, foges no meu abraço que não foi apertado o suficiente e refugiaste nas tuas dúvidas.
Eu cresci contigo e tu perdeste a força em nós.
E se eu te dissesse que isto está apenas a começar? Que eu ainda carrego a esperança de um dia te voltar a ouvir dizer que me queres?
Não preciso de te prender, as amarras não são necessárias quando se sabe gostar.
Por favor, não te assustes. não te vou desapontar.
Respeito cada decisão tua mas eu quero tentar, quero acreditar, quero construir algo contigo, quero ser tua sem pressões, sem forçar mas com uma força enorme, daquela que vêm de dentro.
Não consigo viver sem ti. Mas conseguirei viver, contigo, mesmo não te tendo?
Sou obrigada a descobrir."