domingo, 10 de janeiro de 2010

Carne fraca

Esperar foi das primeiras lições que aprendi sobre gostar de alguém.
Esperei por ti e tu apenas não vieste.

A tua roda viva de desengano manteve-te vivo e, ao fazê-lo permitiu-me continuar a (sobre)viver.

Chega! Não quero isto. Não quero saber que estiveste abraçado a ela, que a beijaste, que a tocaste.Não quero saber que nem sequer pensaste em mim, no meu rosto, no meu corpo.


Foi tudo em vão? Eu pensava que te tinha adoçado o coração e afinal olha o que fizeste ao meu!Nunca permiti que as circunstâncias alterassem o meu jeito de ser mas tu não és assim.

Se te desejo e se te adoro, então não vou correr para chorar as minhas mágoas no peito de outro homem. É puramente contra-natura, contra-amor.

Vou ter que te deixar ir porque eu para ti sou apenas mais uma apesar de tu teres a prova viva e diária que eu sou bem diferente e de saberes que eu te faço bem e te faço feliz.

Somos o avesso porque eu sou pró-felicidade, pró-confiança ainda que os motivos que me prendem a isso sejam o teu sorriso, o teu beijo, as tuas brincadeiras tolas e a forma como me pegas ao colo e danças comigo no meio da rua.

Tornaste-te carne fraca e deixaste-me escapar.
E eu, desta vez, queria que fosse de verdade. Tinha esperanças depositadas em ti.

Vai e não voltes.
Corre para ela ou para outra qualquer; já não importa porque também já não há nada que eu possa fazer para te manter comigo.
Desejo-te muito, ainda, mas preciso de alguém que tome conta de mim e tu simplesmente não o queres fazer.