quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

on my own


Sozinha. Imaginado que ele está aqui,
sentindo os seus braços à minha volta.
Fecho os olhos. Ele encontrou-me.
Chove. A rua brilha como prata e eu vejo-nos, o nosso reflexo.


É apenas imaginação. Estou a falar sozinha.
Estou a falar sozinha e não para ele.
E mesmo que ele seja cego
eu ainda digo que há uma hipotese para nós.


Amo-o. A noite desvanece. Ele desapareceu.
O mundo mudou. A rua está cheia de estranhos.
A chuva parou. Procuro-o, encharcada.
Onde está o seu abraço?



Amo-o, mas todos os dias aprendo. Estive a fingir.
Sem mim, o mundo dele continuará a girar.
Um mundo de felicidade que eu nunca conheci.
Amo-o, amo-o, amo-o mas estou sozinha.


(Adapted from - On my own)