quarta-feira, 3 de março de 2010

Corpo e mente.

Devia ser tão fácil como saltar e levantar os pés do chão.
Uma mulher, um homem. Corpo, mente, mente, corpo.
Sem compromissos ou promessas, sem história ou passado.

Só eu e ele. Sem manhas ou sentimentos fruto da loucura
dos apaixonados.Com ele só o físico, o toque, o presente.
Corpo colado ao corpo; Mente longe da mente.

E porque não? Se o riso for parte do todo, se mexer com
todos os músculos e sentidos, é físico, não é?
Faz parte da boca, da barriga, dos olhos, do sentir.

E é tão fácil rir contigo, partilhar-me contigo ainda que
o meu corpo não seja teu e a minha mente nunca seja.
É tão fácil e faz-me tão bem, dá-me paz, tranquilidade.

Contigo, ponho as vírgulas, as exclamações - tens isso.
Possuis essa parte de mim. Nunca os pontos finais.
Para terminar tem de começar e nós saltamos;

e levantamos os pés do chão, como as crianças no jardim
Escapamos para os capítulos do climax, do respeito,
Quisemos a parte da história que é feliz.

E porque não? Queremos corpo e não a mente.
Aqui, ali, na cama, no colo, no chão, no ar.
No físico tornado emocional sem deixar de ser corpo.

Apenas corpo, apenas saltar e tirar os pés do chão
Deixar a mente pendurada no cabide; O coração?´
Levo-o comigo para lembrar ao corpo do que a mente não controla.