quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Aqui e agora

Aqui, agora.
Em qualquer outro tempo, em qualquer outro lugar.
Luto todos os dias contra a vontade de te procurar,
de te agarrar, empurrar contra uma parede e
beijar-te sem parar para respirar sequer.

Às vezes, penso se é apenas isso que me faz falta:
Ter o teu corpo misturado com o meu, sem regras;
O teu sabor e o meu, provocando arrepios com a
respiração ofegante no meu pescoço;
Nas minhas costas, os teus dentes docemente
cerrados, sem pensar, sem medo, sem tabus.
Talvez, aqui mas não agora,
Eu sinta a tua falta, apenas físico e não do emocional.
Talvez seja a saudade das tuas mãos que me assombra,
de te sentir a olhar para mim no final da tarde
E depois quando me abraças...

Mas tu não estás aqui e agora
Não estiveste ontem nem estarás amanhã.
E eu sei e luto, de novo, mas para te ver partir do teu espaço,
da gaveta que desenhei, decorei e, preparei para ti
e para mais ninguém.

Não aqui e não agora - Apenas silêncio,
marcado com as palavras de "Adeus", "Até um dia".
Levo-te no coração mas um dia vou ter que te deixar
caminhar na rua estrada, desenhada, decorada, preparada por ti.