segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Persistência - (III)

"O tempo corria e só os nossos beijos roubados o faziam abrandar, ganhar folêgo para, de seguida, nos afastarmos e procurarmos de novo, como uma música sem compasso constante.

Apesar de tudo eu sei as tuas cores, que és capaz de ser um camaleão, que facilmente te adaptas às minhas necessidades, vontades, impulsos para teres aquilo que desejas naquele momento.

Reconheço que é parte de quem tu és e não pretendo mudar-te assim como não vou mudar os meus valores ou mecanismos por causa de uma aventura contigo.
Como já te disse mil e duas vezes, eu não funciono como as outras raparigas as quais estás habituado.

Talvez não saibas reagir a isso ou então sou eu que na minha ingenuidade acho que é isso que acontece.
És como o vento que já passou na minha história. Sabes levemente as coisas que me afectaram (e ainda me afectam, por vezes) e por uma estranha razão senti que compreendeste minimamente. Estranho, não é?

Quero fugir de novo contigo, um fugir de crianças, sentar contigo num banco de jardim e beijar-te e deixar-me beijar.
Precisas de mais? Eu não e também não te peço mais nada.

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